O fim de um ciclo: O processo invisível dos términos.

    Quando falamos sobre luto, imediatamente atribuímos à morte física (perda de um ente querido), mas além dessa perda, o luto também se apresenta no fim de um casamento/relacionamento amoroso, perda de um emprego ou um término (algo que chegou ao fim em nossa vida), e esse processo envolve adaptações em nossa rotina, pois da mesma maneira que ao perder um ente querido, passamos pelas fases do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação, porém elas não são lineares e nem vão acontecer uma sequência. 

    Essas perdas podem ser tão impactantes quanto a perda de uma pessoa na sua vida, exigindo tempo para a compreensão das suas emoções, e a partir da perda, há necessidade de se reconectar consigo mesma, se faz necessário, uma vez que você já não será a mesma, precisando se abrir para novas oportunidades e isso requer apoio, inclusive da terapia, para te ajudar a passar por esse processo de forma mais leve.  

    Para que fique mais compreensível, vou te explicar o que é o luto, trazer exemplos e em seguida te darei mais detalhes sobre as fases que envolvem esse processo. 

    Bom, o luto é a emoção que sentimos com o fim de um ciclo, refere-se ao processo de adaptação e encerramento de uma etapa da sua vida que teve um significado afetivo, mesmo que não envolva uma perda física, como a morte de alguém que você ama. 

    Como mencionei no começo deste texto, as perdas podem incluir separações, divórcios, falências, mudanças de cidade ou país, o término de uma etapa escolar/acadêmica ou profissional, e outras situações que vão representar uma "morte simbólica". 

    Com isso, você vai enfrentar algumas fases do luto, sendo elas:

1. Negação: O choque inicial e uma reação de defesa. Nesse momento você se recusa a aceitar a realidade da perda. 

2. Raiva: O sentimento de revolta e irritação, por não conseguir aceitar a situação.

3. Barganha: Tentativa de negociar ou reverter a situação, fazendo promessas ou buscando realizar acordos que possam aliviar a dor. 

4. Depressão: Período de tristeza profunda e melancolia, é quando você passa a refletir o que de fato aconteceu e sente o tamanho da perda. 

5. Aceitação: É o momento de compreensão e reconhecimento da nova realidade, quando você começa a se permitir valorizar o que foi vivido e abrir-se para novas oportunidades.

    Mas, vale lembrar que essas fases, por mais que sejam elencadas, elas não ocorrem de maneira linear e podem ir e voltar ao longo de todo processo, até que a aceitação seja a que mais predomine na sua vida. 

    E para que você consiga lidar com essa dor, dê a si mesma o tempo necessário para processar as emoções e não se culpe por sentir e nem oscilar entre as fases, isso é natural. 

    Lidar com o luto do fim de um ciclo, pode requerer apoio, por isso se permita falar com amigos, familiares e até mesmo, com uma psicóloga, isso pode te ajudar muito no processo. Afinal, você já sabe que precisa recomeçar, redefinindo quem você é agora, sua "nova" identidade a partir dessa perda. 

    E mais uma vez, reforço com você: Considere buscar apoio psicológico. Na terapia você aprenderá ferramentas práticas para desafiar os pensamentos disfuncionais e reformular a visão do encerramento como uma grande oportunidade de renovação. 




 FERNANDA CRISTINA NOGUEIRA

Psicóloga 

Terapia Online para mulheres que buscam uma vida mais leve.

(19)9.9647-3524

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Recomeçar: A jornada de Juliana

Imagem
  O que acontece quando tudo parece desmoronar? Quando o peso da maternidade, do trabalho e de uma vida cheia de responsabilidades toma conta da nossa mente e coração? Juliana, uma mulher de 32 anos, mãe de um filho de 5, e analista de recursos humanos, enfrentou exatamente esse dilema após o seu divórcio. A história dela não é uma história de "final feliz" imediato, mas uma jornada de redescoberta, de aprender a se colocar em primeiro lugar e de entender que, às vezes, a felicidade não depende de ninguém além de nós mesmos. Juliana sempre foi a pessoa que se entregava de corpo e alma. No trabalho, ela sempre buscou dar o seu melhor. Em casa, ela era a mãe que se preocupava em prover o melhor para o filho. Mas, com a separação, Juliana começou a perceber que, apesar de estar dando tudo de si, não estava cuidando de uma parte fundamental: ela mesma. A maternidade, que exige tanto dela, foi se tornando cada vez mais uma sobrecarga. O trabalho também estava cada vez mais demand...
Leia mais

Valorize as pequenas conquistas

            Quem nunca ouviu a famosa frase "Quem te vê no palco, não imagina os bastidores"? Essa expressão carrega uma grande verdade: o que é visível, muitas vezes, é apenas o resultado final de um trabalho árduo e de um processo cheio de desafios, erros e aprendizados. Se você já se sentiu exausta com a jornada e pensou que nada parecia estar funcionando, saiba que esse é um cenário comum para muitas pessoas que estão nos bastidores da sua própria vida.            Ali nos bastidores, você enfrentará os desafios que não são vistos por todos, apenas por você. Do lado de cá, por exemplo, além da necessidade de saber das técnicas para lidar com o dia a dia na clínica, é fundamental que eu tenha coragem para enfrentar meus dilemas, tanto profissionais, quanto pessoais e isso atravessa a minha vida, afinal, assim como você, sou um ser humano. Nem sempre temos dias bons, mas neles encontramos o afago necessário para segu...
Leia mais